Na passada segunda feira, dia 30/03, o INE divulgou os números provisórios da taxa de desemprego em Fevereiro, estimada em 14,1%. Portugal continua a ser dos países da UE, um dos que apresenta maior taxa de desemprego. Só Espanha com 23,2% e Grécia com 26,0% estão pior neste contexto. Isto quer dizer que 719,6 mil pessoas foram atingidas por este flagelo, mais 11,7 mil do que em Janeiro.
Enquanto isso o governo PSD/CDS continua com a mesma tática de sempre. Esconder e encapotar estes números negros do desemprego com medidas avulsas como cursos de formação e os estágios que não resultam em contrato de trabalho, já para não falar da saída de milhares de jovens para o estrangeiro, coisa que até convém a Passos Coelho tendo este no inicio do seu mandato, o desplante de oferecer a porta da saída às mulheres e homens que não conseguem trabalho no seu próprio país.
A política deste governo não se centra nas pessoas, não é o combate ao desemprego. Para Passos Coelho e Paulo Portas o que interessa é a perpetuação da austeridade e a continua degradação das condições de vida dos cidadãos a que, em jeito enganador, chamam de reformas. Os únicos que interessa proteger não são os mais desfavorecidos e os mais necessitados. As campainhas do alarme só tocam quando há uma lista de VIP. Já todos sabemos quem são, os mesmos que nos querem condenar a anos e décadas de empobrecimento: Presidente Cavaco Silva, 1º Ministro Passos Coelho, o irrevogável Paulo Portas e o Secretário de estado Paulo Núncio.
O Bloco de Esquerda continuará a lutar por uma política que coloque o país na senda do progresso, que devolva direitos, salários e pensões a quem mais precisa. Todas e todos sabem que o BE honra os seus compromissos, por isso mereceu de novo a confiança expressa no voto dos eleitores madeirenses no passado dia 29 de Março. Essa confiança traduziu-se no melhor resultado de sempre do Bloco nas eleições para a Assembleia Regional Legislativa com a eleição de dois deputados, contribuindo deste modo para mais democracia naquele órgão político e para o recuo da direita na região autónoma da Madeira.
Carlos Oliveira
Deputado BE na Assembleia Municipal de Palmela.